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Resenha - Indomável de Nick Vujicic

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       Vocês estão acostumados com resenhas escritas por mim ou pelo Juliano aqui no blog, mas hoje, especialmente, teremos uma escrita pela minha mãe :D
       O que acontece é que, como já disse em alguns vídeos, não leio auto-ajuda, e por isso não iria pedir este livro de parceria, mas minha mãe assim que ficou sabendo se interessou e então eu o pedi desde que ela o resenhasse. 
       Bom, agora fica a vocês se foi uma boa resenha ou não, espero que gostem :)
Milhares de pessoas já conhecem o rosto sorridente e a mensagem revigorante de Nick Vujicic, o coach motivacional que é, ele mesmo, uma motivação para todo o mundo. Apesar de ter nascido sem braços nem pernas, Vujicic não deixou de desfrutar de grandes aventuras, desenvolver uma carreira excepcionalmente compensadora e viver significativos relacionamentos amorosos. Nick Vujicic consegue superar as provações e dificuldades de sua vida ao concentrar-se na certeza de que nasceu com um propósito único e relevante. E não importa o quanto tudo pareça, às vezes, desesperador e difícil, Nick continua a acreditar, porque ele sabe: seu poder é desencadeado quando a fé entra em ação. E esta experiência de fé, esta certeza de que a dificuldade está aí para ser superada, pode ser conquistada por qualquer pessoa que realmente queira ter uma vida inacreditavelmente maravilhosa. As adversidades do mundo moderno como: problemas de relacionamento; desafios da carreira e do trabalho; preocupações com a saúde; pensamentos autodestrutivos e vícios; bullying e intolerância são infortúnios que podem ser descartados. É realmente possível conquistar o desejado equilíbrio entre corpo e mente; coração e espírito. Mas esta é uma conquista que demanda know-how;um conhecimento que Nick Vujicic tem de sobra — e está disposto a compartilhar.

        Indomável é um livro lindo e emocionante que fala sobre a vida, a trajetória de Nick Vujicic que supera dia após dia as dificuldades causadas por suas necessidades especiais. 
        A princípio pensei que se tratasse de um livro de auto ajuda, mas no decorrer da leitura percebi que era mais do que isso, era uma lição de vida! Motivação, superação, persistência, coragem, fé, sentimentos reais, eu poderia citar muito mais e ainda assim não iria citar tudo que encontrei nessa leitura que me fez pensar mais sobre muitas coisas. Um lutador e vencedor que não se entregou às dificuldades e levou para o mundo através de suas palestras, esperança, amor e determinação a muitos que disso precisavam. 
         Também é necessário falar que é uma leitura gostosa, de linguagem fácil e fluída e que chama a atenção logo pela capa que  possui perguntas que despertam a nossa curiosidade, e sem falar também das fotografias que nos  leva para dentro de um pouco de sua história. Algumas  de minhas preferidas são de seu casamento com a lindíssima Kanae, em Surat na Índia, com o menino Daniel e a em que ele está surfando. Enfim gostei muito e recomendo pra quem gosta do gênero!


Por Elisângela

Liberado o trailer de Vampire Academy

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       Terminei O Último Sacrifício - último livro da série Academia de Vampiros - na semana passada, então conseguem imaginar como estou com aquele sentimento de orfandade de uma série que amo muito. Na realidade, acredito que Academia de Vampiros é a melhor série de vampiros sobrenaturais que já li (note que Vampiros de Nova York não é lá muito sobrenatural, portanto não entra na categoria).       O surto foi geral. Já perdi a conta de quantas vezes revi este trailer e não consigo parar de babar e amar cada vez mais.       É claro que há inúmeras mudanças. Até mesmo naquele minúsculo trailer de 6 segundos lançado há uns meses já era possível ver cenas que não aconteceram no filme, então já estou preparado para uma adaptação pouco fiel. Fãs mais extremistas, acredito, não vão gostar, o que felizmente não ó meu caso.

       No anúncio do elenco havia achado a escolha para o papel da Rose (Zoey Deutch) ruim. Imaginava-a mais alta, traços mais fortes e pele mais bronzeada ainda que a Zoey tenha feito um bom trabalho em Dezesseis Luas. Entretanto, agora vendo o trailer achei muito convincente a atuação. Tenho esperança de que teremos uma boa Rose afinal de contas.
       O que senti falta mesmo foi de mais Dimitri nesse trailer. Na verdade eu não gosto dele, nunca gostei, mas queria vê-lo para ver se minha birra com o personagem diminui.
      Quem eu ADOREI foi o Christian. Exatamente como imaginei, super bonitinho e fofo HAHA.
      Enfim, adorei o trailer, e estou super ansioso para o lançamento do filme que acontece em 14 de Fevereiro do ano que vem lá nos EUA. Espero que tanta espera desde o dia em que anunciaram a compra dos direitos de adaptação (isso aconteceu se não me engano em 2007) valha a pena :)


Resenha - Perdão, Leonard Peacock de Mathew Quick

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Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich.
Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto.
Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.

       Minha experiência com perdão Leonard  Peacock:  Quando a Editora Intrínseca liberou a sinopse do livro, a primeira coisa que me veio a mente foi: “Eu preciso desse livro!”
       Mas ainda faltavam alguns dias para o lançamento oficial, mas assim que o livro esteve disponível, adquiri-o e comecei a leitura de imediato.
       O que eu não imaginava é que meu maior “desejo” se tornaria a maior de minhas decepções literárias do ano de 2013 principalmente porque minhas expectativas estavam relativamente altas.
       Ponto de vista geral: Decepção é o que me vem à mente ao pensar neste livro. Fiquei decepcionado principalmente pelo sucesso que o primeiro - O Lado Bom da Vida - fez.
       Não posso dizer que o livro é de todo ruim, mas os lados positivos são tão poucos que achei melhor inclui-los em um apanhado geral sobre o livro, mudando um pouco minha forma de resenhar.
       A escrita de Matthew é boa, não entra muito em detalhes, mais é o suficiente para saciar as exigências básicas de um leitor assíduo. 
       Outro ponto positivo para o autor se deve graças aos personagens secundários,  todos foram muito bem construídos  e trabalhados dentro de suas diferentes personalidades e culturas, embora devo dizer que não me apeguei a nenhum deles. E muito menos ao próprio protagonista, Leonard.
       Desde de o inicio da historia Leonard demonstra uma certa magoa por seu ex-melhor amigo e este será o mistério que não ficará esclarecido até o final do livro. Que inclusive, devo dizer, foi o único motivo parar persistir na leitura.
       Eu esperava um livro emocionante e um tanto melancólico, contando como seriam as ultimas horas da vida de um jovem amargurado por seus temores e que deseja deixar claro seus sentimentos por determinadas pessoas de seu circulo social. No entanto no que eu imagino ser uma tentativa de incluir um tom cômico, Matthew Quick retorceu a historia transformando tudo em um emaranhado de revolta e drama que girou a todo momento em torno do personagem principal entrando em fatos que considerei um tanto desnecessários.
       Juntando todos esses fatos com um final totalmente previsível esse livro se tornou a pior leitura do mês de agosto sem duvida nenhuma.
       Edição: Apesar da historia de Leonard Peacock ter me desapontado, a edição esta de parabéns.
       O livro veio para o Brasil pela já citada editora Intrínseca, com uma capa simples com fundo vermelho e letras em verniz localizado, a editora deixou o livro um tanto charmoso.
       As Paginas são amarelas e a fonte confortável de forma que torna a leitura ainda mais fluida, e faz do livro um companheiro de uma tarde.
       Conclusão: Pra finalizar gostaria de deixar clara a minha raiva pelo autor, ele tinha uma premissa incrível, que poderia ser trabalhada de forma a fazer os leitores refletirem sobre suas vidas, e como seus atos impulsivos podem de alguma forma prejudicar a vida daqueles que o cercam, mas ao invés disso, ele apenas transformou a historia em mais uma entre milhões, que na minha opinião, não merece destaque algum.


Por Juliano

Resenha - A Agenda

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     Sandra Macedo é uma alta executiva de marketing. Obstinada e competente, sua eficiência é reconhecida pelos funcionários e pela diretoria da holding onde trabalha. Exemplo de mulher bem-sucedida, Sandra vive atolada entre as obrigações profissionais e uma filha que não lhe dá muita atenção. Em meio a essa correria, fica difícil dedicar um tempo ao lado afetivo. Assim, ela acaba se envolvendo com pessoas que podem comprometer sua carreira e sua saúde emocional. A não ser que ela deixe de ser a menininha que, no fundo, continua sendo...

       Eu raramente apareço por aqui para escrever. Mas este livro, por algum motivo, pediu-me uma resenha escrita. Minha última experiência com autores nacionais foi muito mais que decepcionante, como podem ver na vídeo-resenha achei Simplesmente Ana muito ruim, entretanto felizmente gostei bastante de A Agenda. Como sempre houveram algumas ressalvas, as quais abordarei a seguir, mas já adianto de que foi uma leitura agradável.
       Basicamente se trata da história de uma mulher relativamente bem sucedida, workaholic, à beira da meia-idade que após relacionamentos malfadados encontra suprimento à carência em alguém mais jovem.
       É claro, há muito mais que isso. Por ter um enredo simples prefiro não comentar muito mais aqui e nem aonde há o envolvimento da tal agenda, mas posso garantir que faz todo o sentido que este seja o título escolhido, afinal, a agenda é o personagem central da história, tudo acaba no fim acontecendo por causa dela.
       Teremos então três personagens com mais destaque: Sandra, a workaholic já mencionada; Felipe, o estagiário; e Carrano, um poeta que tem sua história contada de maneira paralela inicialmente mas que mais para frente irá cruzar com Sandra por acaso, e como o próprio subtítulo do livro diz: "O acaso tem suas próprias regras".
       Destes três personagens apenas Carrano me simpatizou. É claro, não é demérito que os outros não o tenham feito, afinal personagem não tem que ser simpático com o leitor. Mas o que posso considerar como algo negativo é que não apenas não me simpatizei com Sandra ou Felipe, mas os achei também desinteressantes. 
       Ainda sim eu gostei bastante da escrita. Bem enxuta e fluída, torna a leitura rápida ainda mais com a ajuda da bela diagramação da editora. Li em um dia e acredito que a maioria não precisará de muito mais tempo que isso para concluir a leitura.
       Quanto ao enredo, tudo começa num ritmo lento. Sandra está se relacionando com um surfista e este relacionamento acaba de forma sofrível. Sua história começa a se desenrolar aos poucos com o estagiário, descrevendo de forma verossímil a aceitação de um relacionamento com alguém bem mais novo do qual ela é chefe e a abertura sentimental para um novo, quem sabe, amor. Entretanto a partir do momento em que a agenda entra em cena tudo muda. A história ganha um ritmo significativo que levará a um desfecho surpreendente e tão inesperado que chega a nos fazer parar e pensar "O que foi que eu li? Deixa eu volta algumas páginas porque isso não é possível".
      E é neste ponto em que eu, na posição de trazer minha opinião sobre o livro, me perco. 
      Ao mesmo tempo em que adoro surpresas e finais surpreendentes senti a necessidade de um pouco mais de calma e atenção ao que aconteceu. Talvez a tentativa de passar agilidade e surpresa tenha se perdido e acabado na sensação de incompletude e ânsia para ver o livro finalizado. É claro, esta é minha sensação, muito provavelmente não foi isso o que de fato se passou com o autor ao escrever.
      Portanto, deixo sim a recomendação para quem quiser uma leitura rápida, bem pé no chão, e bem escrita. João Varella conseguiu meu interesse e com certeza passarei a acompanhar este autor que mostrou ter uma boa habilidade com a escrita.
      Apesar dos apesares não deixou a desejar. 


Henrique Marques

Vídeo Resenha - Passion (Fallen #3) de Lauren Kate

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       Olha eu aqui de novo! Dessa vez vim para uma resenha lindíssima dessa série que me custou confessar que amo. Vocês sabem que é MUITO difícil eu gostar de um YA clichezento, não são poucas as inimizades que fiz por falar mal de séries queridinhas desse meu Brasil. Entretanto, por algum motivo - macumba! - Fallen me conquistou e hoje então vou falar um pouco sobre o terceiro livro desta série: Passion, odiado pelo povão, nem tanto por mim, mas entendam o porquê: 


Resenha - Esc@ndalo de Therese Fowler

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Amelia Wilkes tem um pai rigoroso que não permite que ela namore, mas isso não a impede de viver um romance secreto com o cativante Anthony Winter. Desesperadamente apaixonados, os dois sonham uma vida juntos e planejam contar tudo sobre seu amor aos pais de Amelia... Mas só depois que ela completar dezoito anos — e for legalmente reconhecida como adulta. No entanto, a paixão do casal é exposta mais cedo do que o previsto... Eles são jovens, andam grudados aos seus celulares e postam todo tipo de informação — inclusive aquelas informações mais particulares, que só deveriam dizer respeito a eles mesmos — até que o pai de Amelia encontra fotos de Anthony, nu, no computador de sua filha. Poucas horas depois, Anthony é preso. Apesar dos protestos de Amelia, seu pai usa de todo o poder e influência entre os policiais, e entre os meios de comunicação, para transformar Anthony em um pervertido que caçava sua inocente filha. De mãos atadas, cabe aos dois apaixonados arriscar uma última saída, ousada e perigosa, e apagar a acusação de sexting que Anthony recebeu.

       Minha experiência com Esc@andalo: Quando Henrique me informou que me enviaria o livro eu não sabia o que pensar. Pela capa achei que de alguma forma poderia ser uma releitura moderna de Romeu e Julieta - afinal é isto que está escrito justamente nela - e de certa forma realmente é, mas de um jeito um tanto...peculiar.
       Ponto de vista geral: Horas, foi o que passei tentando escrever essa resenha, no entanto, ao meu ver, nada que escrevi conseguia descrever o que realmente achei do livro, e isso não é um elogio. 
       Um Romeu e Julieta do século XXI? Se esse for o caso me manterei afastado de Shakespeare por toda minha vida. Uma historia que tinha tudo para ser interessante, pois se trata de um assunto pouco trabalhado no mundo literário: o sexting. Para aqueles que não sabe, trata-se de envio de pornografia por meio de celulares e e-mail. Confesso que eu mesmo pouco conhecia sobre o assunto, e fiquei interessado, principalmente porque ultimamente temos visto tantos casos de revenge porn, algo que por alguns adolescentes pode ser visto como inocente, mas pode ter consequências absurdamente graves. 
       As primeiras paginas fluíram com facilidade, a autora a todo momento deixava claro o quanto o sentimento entre os protagonistas era intenso, e o que ao ponto de vista de Amélia era um ato de admiração, se tornou um grande problema quando seu pai flagrou fotos de seu namorado (embora sem o conhecimento de sua família), nu em seu computador. 
       E é ai que se da inicio aos problemas, e infelizmente também se inicia o drama.   
       Therese Fowler tem uma capacidade imensa de enrolação - pena que pouco talento para o mesmo - visto que conseguiu girar paginas e paginas em torno do mesmo problema. Um erro que me fez adiar a leitura por vários dias.
       As ultimas 30 paginas foram as piores, tudo que se era esperado aconteceu, um típico clichê literário. Gostaria de ter gostado do livro, mas infelizmente não me surpreendeu, e muito menos me despertou desejo de continuar a leitura, por tanto, é com pesar que devo dizer, foi sem sombra de duvida, o pior livro do mês de novembro.
      É claro, são impressões minhas, portanto recomendo que leiam outras resenhas para só então tirarem uma conclusão de se vão ou não ler o livro.


Por Juliano

Resenha - Tão Ontem de Scott Westerfeld

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Romance, ação, mistério e uma boa dose de sátira, "TÃO ONTEM"é um romance fascinante, que vai fazer você questionar tudo que sempre pensou sobre o que é ser cool.
Você já pensou em quem foi o primeiro a usar a carteira presa por uma corrente ou quem começou a usar calças grandes demais de propósito? E o primeiro a usar o boné virado para trás? Esses são os Inovadores, as pessoas no topo da pirâmide de consumo. Aos 17 anos Hunter é um Caçador de Tendências, os segundos na pirâmide. Seu trabalho: identificar o que há de mais novo e legal para o mercado seguir. Seu modus operandi: observar sem se envolver. Mas a partir do momento que ele conhece Jen, uma Inovadora, ele não consegue evitar se envolver. E muito.
A dupla é chamada para uma reunião misteriosa com Mandy, chefe de Hunter. Mas o encontro não acontece e tudo que descobrem é o celular de Mandy em um prédio abandonado. De uma hora para outra, Hunter e Jen se vêem envolvidos em uma guerra do mercado: um carregamento repleto com os tênis mais legais que já viram, anúncios de produtos que não existem e um obscuro grupo dedicado a desmantelar a cultura consumista como conhecemos.
       Se você acompanha o blog há mais tempo deve saber que Scott Westerfeld é um dos meus autores favoritos, se não O favorito. Suas ideias são dotadas de originalidade e até mesmo genialidade, ainda que sua trama e escritas sejam simples e mais voltadas para o público jovem-adulto.
       Do autor já li a quadrilogia Feios e a duologia Vampiros de Nova York, e talvez por conhecer e gostar tanto acabei me decepcionando um pouco com Tão Ontem, principalmente por minhas expectativas estarem altas devido à genial premissa.
       Mas não digo também que não gostei. Tão Ontem é ótimo, mas apenas é menos do que eu estou acostumado a esperar do autor.
       Como sempre Scott Westerfeld não se contenta em criar uma história. Aqui ele novamente cria toda uma espécie de ciência, tudo muito bem explicado e trabalhado, a um nível de detalhe que me maravilhou durante a leitura. E está a genialidade do autor e o porquê que você deve ler o livro.
       A premissa envolve o mundo da moda. Não a parte que nós vemos, das modelos, revistas, roupas e grifes, mas sim dos caçadores de tendências, os cool hunters. Eles não estão à vista, não estão na mídia. Ao invés, estão nas ruas procurando potenciais tendências. Já parou para pensar em quem foi o inventor laço do cardaço? Ele foi um Inovador, e é exatamente pelos inovadores que os cool hunters procuram.
       Já a narrativa vai tratar de um Cool Hunter que em sua caça à Inovadores acaba encontrando Jen e quebrando a regra de permanecer escondido, entretanto, logo ele entende o porquê da existência dessa regra, e porque é perigoso se envolver com Inovadores, visto que são destemidos e criativos, portanto, praticamente um imã de problemas.
      O maior problema para mim foi a trama criada, ou o problema criado para dar ação e continuidade à premissa. Achei um tanto boba e pequena perto da grandiosidade que a história poderia ter tomado. Mas por outro lado temos a escrita do Scott que flui de uma maneira incrível e ao mesmo tempo passa longe de qualquer sinal de amadorismo.
      Para finalizar, preciso dar destaque para a capa. Pode não ser bonita, ou atrativa, mas quando se lê o livro é possível entender completamente o motivo da escolha de cada elemento. Podemos ver essas roupas de bonecos de papel - que eu mesmo já fiz muito - e que assim como nós colocamos e tiramos a roupa que quisermos nestes bonecos, os caçadores de tendências fazem o mesmo conosco. Eles ditam o que está na moda, eles definem o que devemos usar. Quando começar, e quando parar.
      Portanto, deixo sim a recomendação deste livro. Ainda que tenha pouco enredo, a ideia é fantástica e a construção desta também vale a leitura, sem dúvida alguma. 
      Espero que tenham gostado :)
      Beijos a todos. 

Por Henrique

Resenha - O Dom (Bruxos e Bruxas #2) de James Patterson

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       Os irmãos Allgood nunca desistem de lutar contra os poderes autoritários e desumanos d’O Único Que É O Único, mas, agora, eles estão sem Margô — a jovem e atrevida revolucionária; sem Célia — o grande amor de Whit; e sem seus pais — que provavelmente estão mortos... 
       Então, em uma tentativa de esquecer suas tristes lembranças e, ao mesmo tempo, continuar seu trabalho revolucionário, os irmãos vão parar em um concerto de rock organizado pela Resistência onde os caminhos de Wisty e de um jovem roqueiro vão se cruzar. Afinal, Wisty poderá encontrar algo que lhe ofereça alguma alegria em meio a tanta aflição, quem sabe o seu verdadeiro amor... 
       Mas, quando se trata destes irmãos, nada costuma ser muito simples e tudo pode sofrer uma reviravolta grave, do tipo que pode comprometer suas vidas. 
       Enquanto passam por perdas e ganhos, O Único Que É O Único continua fazendo uso de todos os seus poderes, inclusive do poder do gelo e da neve, para conquistar o dom de Wisty... Ou para, finalmente, matá-la.

       Antes de tudo, essa resenha será bem rápida, pois mantenho as impressões que tive do primeiro livro, apenas adendo então os pontos em que esta continuação piorou ou melhorou. 
       Ah, fiquem tranquilos, não darei nenhum spoiler do primeiro livro nem do segundo.
       O "ghostwriter" - antes Gabrielle Charbonet, agora Ned Rust - mudou e portanto eu realmente tinha esperanças de que a série ficasse no mínimo ruim. Mas não, continua péssima, se não até mesmo pior que o primeiro.
       Neste segundo volume há mais do mesmo. Os autores tentaram até mesmo inserir um - mal-sucedido - romance, humor sem graça, e situações que ao invés de serem interessantes e empolgantes se tornaram apenas surreais, inadequadas para a ocasião e entediantes.
       Costumo gostar dos livros da Novo Conceito, e realmente acredito que o James Petterson consegue ter ideias melhores, então não desisti do autor. Pretendo ler alguma outra série e talvez até mesmo continuar nesta - visto os livros serem tão curtos e rápidos - mas não posso negar que Bruxos e Bruxas foi um grande erro. Em todos os sentidos.
       Meu objetivo é sempre ser honestos com vocês então esta é minha opinião, assim como já vi gente - amigos meus mesmo - que amaram a série. Portanto sugiro a vocês que, como sempre, leiam outras resenhas antes de ter uma posição formada sobre começar ou não a ler Bruxos e Bruxas.

Por Henrique Marques

Resenha - Seis Coisas Impossíveis de Fiona Wood

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Dan Cereill levou um encontrão da vida: seu pai faliu, assumiu que é gay e separou-se de sua mãe, tudo de uma vez só. Enquanto isso, sua mãe recebeu de herança uma casa tombada pelo patrimônio histórico que cheira a xixi de cachorro, mas que não pode ser reformada...
E, agora, Dan está vivendo em uma casa-relíquia que parece um chiqueiro, com uma mãe supertriste e sem conseguir falar com o pai — que ele ama muito.
Suas únicas distrações são sua vizinha perfeita, Estelle, e uma lista de coisas impossíveis de fazer, como:
1. Beijar a garota.
2. Arrumar um emprego.
3. Dar uma animada na mãe.
4. Tentar não ser um nerd completo.
5. Falar com o pai quando ele liga.
6. Descobrir como ser bom e não sair abandonando os outros por aí...

Estou realmente começando a gostar de livros narrados por garotos em primeira pessoa. E Dan Cereill teve grande influência nisso. 

Ele tem quatorze (quase quinze) anos e depois de ver a família ir à falência e seu pai se revelar gay, Dan muda-se com sua mãe para uma casa herdada de sua tia-avó (casa essa, aliás, que está tombada pelo patrimônio historio). Herdou também Howard, o cachorro.

É nesse plano de fundo que as seis coisas impossíveis de Dan se desenrolam conforme ele vai se adaptando a nova vida. Nova escola, onde ele tenta não ser tão nerd e ao mesmo tempo não ser notado. Nova casa, que possui um forte fedor de xixi de cachorro e é cheia de velharias. O novo estado emocional de sua mãe, divorciada e falida que está tentando começar (sem muito sucesso) um negocio de bolos de casamento. O relacionamento com seu pai, com o qual se recusa a conversar. E seu estado emocional, apaixonado por sua vizinha.

A narrativa e o enredo me lembraram muito aquelas histórias onde a menina impopular galga seu lugar no colégio, faz amizade com os populares e tudo aquilo que vocês já conhecem. A diferença é que neste livro o plano de fundo principal não é a escola, é muito mais a casa do Dan e seus arredores e o livro também possui muito mais histórias paralelas. Na verdade, cada um dos itens da lista de coisas impossíveis de certa forma é uma trama a parte. A narrativa é simples e fácil, com muito bom humor. Poucas vezes eu me senti levemente entediada. Outro ponto a favor é o tom que o protagonista carrega, ele é praticamente um anti-herói. Como ele mesmo diz tantas vezes: até tenta ser bom, mas ser “ruim” é mais fácil.

Dan Cereill é um adolescente em amadurecimento; com suas duvidas e certezas; com suas vontades, escolhas. Ele é um poço de emoções e reações, está sempre tentando chamar a atenção da garota que gosta ao mesmo tempo em que dá atenção para Howard e tem que lidar com sua mãe. Relação essa ultima que não é nada fácil, pois ambos estão passando por momentos difíceis de privações e desesperança, estão sempre cheios de conflitos. Fora sua confusão em relação a seu pai.
O decorrer do livro é cheio de altos e baixos, erros e acertos de Dan. Foi uma ótima leitura para mim e muito fácil também, o livro me prendeu rapidamente e quando dei por mim, já estava terminando. É um livro adolescente e para os padrões, um tanto clichê. Mas principalmente, é maravilhoso. Eu o li sem grandes expectativas, uma boa leitura para passar o tempo e me surpreendi. A evolução do personagem principal fica muito evidente no final, com o bônus de que em nenhum momento do livro ele perde sua essência. Ele amadurece, cresce.

Estamos acostumados a ler toda essa bagunça da adolescência do ponto de vista feminino e ler a narração de um garoto foi uma surpresa muito agradável. Me apaixonei.

Por Luciana

Resenha - Noites Italianas de Kate Holmes

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Quando Kate decidiu abandonar seu passado, em Melbourne, e começar uma jornada para dentro de si mesma, foi para um país reconhecidamente romântico. Enquanto se encantava com as ruínas de Roma e as praças de Nápoles, esperava encontrar — em ruas estrangeiras — sua verdade pessoal. Mas a peregrinação de Kate exigiu coragem. Encontrar o verdadeiro amor ou, quem sabe, perder-se para sempre de maneira a não ter mais qualquer chance de resgate foram possibilidades reais na Itália... Especialmente para alguém que estava acostumada a viver entre as vielas da escuridão. Em um romântico, mas estranho país, com muitos — alguns bem significativos — casos de amor, e mais algumas noites de sexo sem compromisso, ela vai se perguntar se é, verdadeiramente, um espírito livre, ou uma atriz que decorou tão bem o seu papel de mulher sedutora que já não consegue desvencilhar-se dele...
      Antes de tudo, preciso deixar claro que é um livro que, embora não seja o foco, beira o erótico. Há várias cenas de sexo que são descritas sem poupar detalhes. Digo apenas para ninguém ser pego desprevenido na leitura.
      Iremos conhecer a história de Kate, a própria autora, durante o tempo em que passou na Itália e consequentemente todos os amantes que teve naquelas noites.
      Kate é uma personagem que naquele momento de sua vida está perdida e abalada emocionalmente. Seu atual amante (inglês, mas atualmente morando na Itália) pediu que ela deixasse a casa em que moravam, porém isso não significaria o fim do relacionamento dos dois. E é então que ela parte para várias cidades conhecendo diferente tipos de pessoas e principalmente vários homens, com quem mantém relacionamentos ainda que estes sejam casados. 
      Para ela isso nunca foi um problema. 
      Confesso que pelo subtítulo e pela sinopse esperava uma mulher forte, decidida e completamente independente. De fato a protagonista tem algumas destas características, mas ela também está abalada e carente, muito longe de seu país de origem, e portanto tenta encontrar atenção e conforto em relacionamentos que jamais funcionariam. O que não é um ponto negativo, pelo contrário, enriquece a personagem, somando ainda ao fato de que ela possui uma bagagem que se torna importante para definir quem ela é.
      No passado ela fora prostituta, fato que talvez seja abordado no livro anterior da autora, o qual ainda não li.
      Com uma personagem interessante, o livro peca pela repetição do enredo. É curto, mas em várias partes a história se repete, ela se pega nos mesmos questionamentos e saindo com os mesmos homens resultando nos mesmos problemas.
      Mas isso também não é um grande problema como possa soar. Tudo acontece com uma razão convincente, não se trata de enrolação, se trata apenas de alguém que não vê que não há futuro naquilo em que se está insistindo.
      Quanto a escrita, eu diria que é diferente mas não ruim. No começo há um grande estranhamento na forma com que ela caminha de uma cena a outra de forma abrupta. Sem muitos detalhes. Avançando a narrativa rapidamente levando-nos a sensação de incompletude, mas que se pararmos para pensar não havia de fato necessidade de se prolongar mais naquelas cenas.
      Em alguns outros parágrafos podemos também notar que a autora sabe muito bem lidar com a rima e com o ritmo dos pensamentos que quer passar. Isso apenas não é presente na maior parte do livro.
      Se você procura descrições dos cenários Italianos permeados por todo aquele romantismo costumeiro neste livro não o encontrará. Talvez toda essa falta de detalhes seja até mesmo um reflexo de características da personagem/autora que está muito mais preocupada com seus conflitos e relacionamentos que em ver paisagens, obras, esculturas e cultura local.
     O interessante também é notar que a história não possui um clímax, ao invés, temos uma série que acontecimentos e relacionamentos iniciados que começam a ruir, que a olhos externos não seria nada excepcional, diferenciando então de um clímax usual. 
      Considero portanto, numa somatória, um livro bom. Não incrível, mas muito interessante e que com certeza não me arrependo de ter lido. Eu que não aprecio romances românticos gostei, portanto, se você aprecia acho que o livro é mais que recomendado.


Por Henrique

Resenha - A Seleção de Kiera Kass

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       Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar sua família e seu lar para entrar em uma disputa ferrenha por uma coroa que ela não quer. E viver em um palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e, aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma — e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.

       Distopia ou conto de fadas? Quando penso na série A Seleção essa duvida surge na minha cabeça. A historia se passa no futuro, num mundo pós-alguma-grande-guerra-mundial; temos um governo monárquico ditatorial que controla um país inteiro, as pessoas são divididas por castas e outros tantos detalhes tão conhecidos de outras distopias. Entretanto, o diferencial está no reino e principalmente num reality show cuja função é escolher uma noiva para o príncipe. 
       Quase como uma Cinderela moderna, trinta e cinco garotas das sete castas são escolhidas para entrar na competição, em meio a elas está America Singer.

       O primeiro livro nos mostra a vida de America antes da Seleção e o inicio da sua jornada na competição, que aliás, ela não quer participar. America já tem seu príncipe, Aspen, que é de uma casta mais baixa que a sua e por tanto, não podem se casar. Fato que para eles não é importante e muito menos impeditivo para os encontros e juras de amor que realizarão até o momento em que seus caminhos serão obrigados a se separarem.

       O romance de início é muito água com açúcar, mas melhora quando America entra na Seleção e o príncipe Maxon põem os olhos nela numa circunstância um tanto peculiar. A garota vive um dilema interno, pois se recusa a sair ganhadora da Seleção, não admite casar-se com alguém que não ama, mas o que America não esperava é que aos poucos o príncipe fosse despertar seu afeto, de início como amigo até que então ela começa a vê-lo com outros olhos ainda que a sombra de Aspen continue a perseguindo.

       Algumas vezes durante a leitura tive raive da America por sua indecisão e confusão. De certa forma, eu acabo assemelhando o trio de A seleção com o trio de Jogos Vorazes, ainda que a America tenha muito pouco da Katniss, Aspen me lembra muitíssimo o Gale, o que ajudou para que eu desgostasse do garoto; e o Maxon é tão Peeta que eu não tive como não amar!

       O livro possui vários personagens cativantes, pra quem tem paixão por secundários como eu, é um prato cheio. O enredo é muito bom, mas por ser em primeira pessoa eu acho a historia um pouco mal trabalhada, apesar de ser apaixonada ainda que não possa dizer que é a melhor que já li. Também é um livro que conseguiu me prender. Com suspense na medida certa em momento algum me senti desanimada com a história. Para quem gosta de suspirar pelos cantos por causa de um romance é uma ótima indicação.

Por Luciana

Resenha - Um Gato de Rua Chamado Bob de James Bowen

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Quando James Bowen encontrou um gato ferido, enrolado no corredor de seu alojamento, ele não tinha ideia do quanto sua vida estava prestes a mudar. Bowen vivia nas ruas de Londres, lutando contra a dependência química de heroína, e a última coisa de que ele precisava era de um animal de estimação. No entanto, ele ajudou aquele inteligente gato de rua, a quem batizou de Bob (porque tinha acabado de assistir a Twin Peaks).
       Depois de cuidar do gatinho e trazer-lhe a saúde de volta, James Bowen mandou-o embora imaginando que nunca mais o veria. Mas Bob tinha outras ideias. Logo os dois tornaram-se inseparáveis, e suas aventuras divertidas — e, algumas vezes, perigosas — iriam transformar suas vidas e curar, lentamente, as cicatrizes que cada um dos dois trazia de seus passados conturbados.

Um Gato de Rua Chamado Bob é uma história comovente e edificante que toca o coração de quem a lê.

       Não sei o que esperava quando escolhi ler esse livro, creio que fui movida muito mais pela curiosidade do que qualquer outro motivo. Seria uma experiência nova ler um livro sobre um gato e por ser curto, também seria uma leitura fácil. E mais uma vez um livro me surpreendeu de forma gratificante.

       Por seu jeito (e escrita) simples, gostei de James logo de cara. Sua fala é fluida e leve, bem humorada até. O que mais me chamou a atenção nele é a forma “pé no chão” que ele enxerga sua vida e o mundo. A situação de James não é das melhores e ele sabe disso, tem consciência também de como as coisas podem ficar ruins, mas sabe lidar com elas o suficiente para deixa-las estáveis. E temos Bob. Vemos Bob do ângulo de James e talvez por ser escrito com tanto afeto, acabamos sendo influenciados por esse gato laranja e sapeca. Os dois fazem uma combinação perfeita no papel, o que me fez amar rapidamente tanto o bichano quanto o seu dono.

       O livro nos mostra cerca de dois anos da vida de James, os primeiros com Bob. Conta como o gato foi encontrado e a trajetória dele com seu novo guardião. Ouso dizer que é quase uma coletânea de contos, de uma forma ou de outra, nos são apresentadas várias historias sobre a vida de Bob e James. Digamos que não siga um roteiro, um enredo propriamente dito. Não possui uma ordem cronológica linear, são contadas duas historias paralelas de certa forma: James sem Bob e James com Bob . O engraçado é que na maioria das vezes que “James sem Bob” nos é apresentado, é porque foi precedido de “James com Bob”. Sempre mostrando e explicando como e porque, o dono do felino ficou nas condições em que se encontra. Estamos sempre fazendo essa integração no livro, entre o passado e a atualidade.

       Por ser narrado em primeira pessoa, é de fato uma historia contatada, com pouco diálogos e muitos momentos de reflexão, o que acaba tornando o livro repetitivo em alguns momentos. Embora essa pulga ficasse me coçando a orelha em alguns momentos, todos os outros pontos positivos do livro me fizeram superar esse. Mas é um risco que eu sei que corro sempre que me disponho a ler algo em primeira pessoa (o mais comum hoje em dia).

       Eu fiquei perdidamente apaixonada pelo o que eu li, é de fato uma historia de superação. Foi inspirador para mim acompanhar o passo a passo de James, vê-lo ter esperanças graças a Bob e ao mesmo tempo, repetir para si mesmo que as coisas não são fáceis daquele jeito, que não vão continuar assim para sempre. Acredito que esse seja um dos pontos mais fortes de James, ele sempre aceitou suas fraquezas e conviveu bem com elas, até o dia em que foi preciso coloca-las a prova. E as superou e continua superando, graças a Bob.

Por Luciana Araújo

Resenha - Quero Ser Seu, de Bela Andre

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      Ryan Sullivan sempre gostou muito de Vicki, a quem conheceu na adolescência, quando ela lhe salvou a vida: no estacionamento da escola, um carro desgovernado só não o atropelou porque Vicki o empurrou para longe. Desde então, eles se tornaram melhores amigos — pelo menos, melhores amigos até onde um homem e uma mulher lindos e sedutores conseguem ser...
      O tempo passou, Vicki casou-se e se separou, e Ryan seguiu sua vida de solteiro. Até o dia em que Vicki pediu-lhe um favor: será que Ryan poderia fazer as vezes de seu namorado para afastá-la de um homem mal-intencionado e pegajoso?
      Ryan não negaria esse favor a sua amiga, de forma alguma... Não só pelo carinho que nutre por ela, mas também por uma característica de sua personalidade: Ryan faz o tipo protetor (o tipo de homem com que toda mulher sonha em algum momento da vida).
      Agora, depois de brincarem de namorados, será que os dois conseguirão manter a amizade de sempre?


      Quero ser seu é um livro adorável. Um romance doce e cativante que me fez suspirar a cada pagina lida. Ryan e Vicky formam o típico casal água com açúcar, mas são tão lindos juntos que a gente nem se importa de exalarem mel a cada frase trocada. Sou louca por “romances de banca” e Bella Andre me deu um prato cheio para ter meus momentos mulherzinha ao ler este.

      Ryan é charmoso, sedutor e possessivo; é só ele aparecer no livro que eu já sinto a testosterona exalando aos quatro ventos, ele é muito seguro de si e das coisas que realmente deseja, além de ser um amigo prestativo e com quem se pode contar sempre. Vicky é delicada, cativante e um pouco insegura; por conta de decepções anteriores, ela acaba obrigando-se a ser mais pé no chão com seus sentimentos, ela é adorável e generosa. O livro inicia com o primeiro encontro dos dois, aos quinze anos, o nascimento de uma amizade, depois pula cerca de dezesseis anos e após muitos desencontros - graças ao pedido de socorro de Vicky para Ryan - os dois amigos acabam se reunindo novamente. Por gentileza, ele acaba a convidando para passar uns dias em sua casa, enquanto ela trabalha em seu projeto para um concurso de escultores (Ryan é um famoso jogador de basebol), é a partir desse pequeno gesto que vemos as coisas entre eles ficando mais intensas, a convivência e as recordações do passado fazem com que se sintam ainda mais conectados e isso acaba despertando desejos e sonhos antigos. Para completar, eles têm de enfrentar James e por tabela, Anthony, duas pedras no sapato que incomodam bastante.

      Uma das minhas maiores felicidades com esse livro é o fato dele ser em terceira pessoa. Assim eu posso ter uma visão dos sentimentos dos dois e não pirei imaginando o que um ou o outro estavam pensando. É uma escrita leve e fácil de levar, tanto que demorei poucas horas para devorar a historia. O enredo não é nada grandiosamente elaborado e nem a escrita é cheia de floreios, a leitura não é entediante. No meu caso, foi um ótimo livro para me curar de uma ressaca literária persistente. Bella Andre tem um estilo encantador, apesar de o livro ter emoções exageradas e situações que convenhamos, são bem fantasiosas, é impossível ficar imune ao seu romantismo barato.

      Eu sou extremamente boba por esses “romances de banca” que me fazem suspirar arco-íris de forma descontrolada. Eu me apaixonei por essa historia desde a primeira pagina, foi muito bom lê-la e me sentir nas nuvens durante algumas horas. Tive alguns momentos cheios de “own” com esse livro e recomendo totalmente.

Por Luciana Araújo

Resenha - Eu me Chamo Antônio, de Pedro Gabriel

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      Antônio é o personagem de um romance que está sendo escrito e vivido. Frequentador assíduo de bares, ele despeja comentários sobre a vida - suas alegrias e tristezas - em desenhos e frases escritas em guardanapos, com grandes doses de irreverência e pitadas de poesia. Antônio é perito nas artes do amor, está sempre atento aos detalhes dos encontros e desencontros do coração. Quando está apaixonado, se sente nas nuvens e nada parece ter maior importância, e, quando as coisas não saem como esperado, é capaz de enxergar nas decepções um aprendizado para seguir adiante. Do balcão do bar, onde Antônio se apoia para escrever e desenhar, ele vê tudo acontecer, observa os passantes, aceita conversas despretensiosas por aí e atrai olhares de curiosos. Caso falte alguém especial a seu lado (situação bastante comum), Antônio sempre se acomoda na companhia dos muitos chopes pela madrugada.

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      Algumas vezes eu leio um livro sem ter visto uma sinopse ou resenha antes, inicio a leitura completamente cega e pronta para qualquer surpresa e foi assim que Eu me chamo Antonio acabou vindo parar em minhas mãos. De tanto uma amiga falar desse livro, eu acabei me rendendo e indo atrás dele, e dessa vez eu não estava preparada para a feliz surpresa que encontrei. Não existe muito que eu possa falar sobre ele aqui, Eu me chamo Antonio carrega em suas páginas um sentimento que eu não me atrevo a tentar descrever em simples palavras.


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      Pare um momento e esqueça tudo o que você sabe sobre os livros convencionais, porque neste você não vai encontrar nada disso. Trata-se de uma coletânea de fotos de frases escritas em guardanapos, tornando o livro como um todo, uma brilhante poesia. São colagens das fotos dos guardanapos que tem como fundo imagens relacionadas as frases, algumas são fáceis de decifrar e ler e outras nem tanto, pensando nisso o autor e a editora compilaram as frases e as dispuseram nas paginas finais do livro. É realmente um trabalho lindo e uma ótima opção para se ter na estante ou guardado num lugar bem especial.

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      Você não precisa ter pressa para lê-lo. Imagine-se sozinho em casa, num dia chuvoso, você está a fim de relaxar e coloca sua música preferida para tocar, vai à cozinha e pega uma xícara de café/chá/chocolate e senta com o livro em algum lugar confortável. Vai lendo e absorvendo devagar cada frase, cada palavra, as imagens como um todo; parando e refletindo, rindo ou chorando. Eu me chamo Antonio é um livro para ser degustado a bel-prazer, de forma suave e calma, como se até mesmo o fim do mundo pudesse esperar toda a eternidade para que você tenha a oportunidade de experimentar cada experiência que o livro lhe proporciona.


Por Luciana Araújo

Matéria - Autor x Escritor

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            Sabe aqueles momentos em que você fica divagando horas e horas sobre sua vida? Geralmente eu fico assim, mas pensando sobre coisas literárias. Numa dessas divagações eu cheguei ao dilema: a diferença entre autor e escritor. Você pode estar pensando “ué, mas não é a mesma coisa?!” Não, pelo menos do meu ponto de vista.

            Definições do dicionário:
· au.tor
(ô), s. m. 1. Aquele que é causa primária ou principal. 2. Inventor, descobridor. 3. Praticante de uma ação; agente. 4. Fundador, instituidor. 5. Escritor de obra literária, científica ou artística. 6. Dir. A parte que intenta uma demanda judicial. 7. Dir. Agente de um delito ou contravenção.
· es.cri.tor
(ô), s. m. 1. O que escreve. 2. Autor de composições de qualquer gênero literário.

Definições da Lu:
· Autor
Quem cria as tramas, os enredos, os personagens. A história em si.
· Escritor
Quem escreve (olhando assim, até parece que a parte do escritor é a de menor relevância).

     Já aconteceu de lerem algo e terem a impressão de que a historia é boa, mas foi mal trabalhada? Mal escrita? Ou acharam a escrita muito boa, mas a historia era fraca no enredo? E existem também aqueles maravilhosos casos em que tanto o enredo quanto a historia são incríveis.
     O que é pior, um enredo ruim ou uma escrita ruim? Difícil, hein? Ambos são igualmente frustrantes (embora eu ache que uma escrita ruim seja o pior de tudo). E como eu não posso falar desse assunto sem dar alguns exemplos palpáveis para vocês, vou comparar algumas obras.

Bom enredo, escrita ruim:
Cidade dos Ossos – Cassandra Clare

       É uma série da qual eu só li o primeiro livro e por isso, só falarei dele.
       Nesse primeiro livro Cassandra Claire tinha um tesouro em mãos, uma trama com romance, suspense, ação, intrigas, revelações de tirar o fôlego. E o que ela fez? Nada.
       O livro é fraco, parado. Limpo e seco. Cassandra foi infeliz ao prolongar em demasia uma historia que se tivesse sido levada direto ao ponto, teria sido genial. Eu só me empolguei com o livro, lá pelas cento e cinqüenta ultimas paginas, que foi quando Cassandra bombardeou o leitor com informações vindas de tantos lados e tantas cenas de ação acontecendo, que eu fiquei até zonza. Ela não soube escrever, não soube trabalhar a beleza de enredo que tinha em mãos. Enrolou, enrolou e enrolou. Não soube distribuir e apresentar as revelações, não deixou pistas para que os leitores tivessem aquele mágico momento de descoberta, de ter especulações que se provassem corretas. Algumas ela entrega de cara, outras ela joga na cara.
       Cassandra é uma ótima autora, mas uma escritora ruim.
  
Boa escrita, enredo ruim:
Crepúsculo – Stephanie Meyer

Essa série eu li toda, então posso falar de forma geral.
Sim, Meyer escreve bem. Mesmo sendo em primeira pessoa, ela nos dá um bom panorama de tudo que envolve as cenas e personagens.
Eu gosto das descrições, da ação entre uma cena e outra. Ela não é mecânica, o tempo todo tem algo acontecendo ali. O problema é o enredo. Ela nos deu uma garota submissa, um cara perfeito com uma família perfeita e um amor cego. Um conto de fadas água com açúcar. Eu particularmente gosto de algumas passagens da Bella, ainda no inicio do primeiro livro, a forma com ela pensa quando ainda está com a mente limpa. Meyer criou cenas belas, cenas encantadoras e cenas tensas na medida certa. Ela não forçou a historia, nem a subestimou. Quando Jacob causa a briga no casamento, fica um clima de “ai meu Deus D:”. Quando haviam segredos a serem revelados, ela foi dando dicas ao longo da trama, foi revelando aos poucos e mesmo assim deixando um clima de suspense no ar. A única coisa que faltou, foi ter uma boa historia para contar.
Stephanie é uma boa escritora, mas uma autora ruim.

Boa escrita, bom enredo:
Harry Potter – J. K. Rowling
           
Rowling é a menina dos olhos. O universo que ela criou e como trabalhou com ele, fizeram de Harry Potter o que ele é hoje. Imaginem se a série, com o enredo rico que possui, fosse mal escrita?
       Sua escrita é limpa, suave, vamos lendo sem perceber e sem nos importamos. J. K. é aquela escritora que nos enche de detalhes, sempre temos uma boa visão do cenário que estamos, como estão posicionados os personagens e ela faz isso sem deixar as coisas enfadonhas. Não torna a leitura mecânica daquele jeito que nos faz ler sem prestar atenção, loucos para terminamos tudo de uma vez. Ela joga pistas da trama o tempo todo, um simples ratinho apresentado no primeiro livro, se torna um dos personagens mais significativos do terceiro livro. A trama é bem amarrada, bem exposta. Ela nos apresenta o enredo de forma tão coerente, que chegamos até a ficar na duvida se aquilo tudo é realmente ficção. Harry Potter é uma obra completa, não isenta de falhas é claro, mas diante da eficiência da escritora-autora, os defeitos se tornam irrelevantes.
           
Também tem quem diga que escritor é aquele que ainda não foi publicado, e um autor já foi. Bobeira, em minha opinião, conheço pessoas que ainda não foram publicadas e que são autores e escritores maravilhosos e posso afirmar categoricamente que a falta deles no mercado editorial, é uma perda enorme para a literatura.


De modo geral, autor e escritor são sinônimos, mas essas definições são boas quando queremos dar ênfase à nossa opinião sobre determinado autor-escritor. E reflexões como essas, nos aprofundam mais no mundo literário e nos fazem aprender a analisar autores e obras com outros olhos, fazendo com que nos tornemos leitores melhores também. 

Por Luciana Araújo


Em Breve

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