Por décadas, Clive Cussler vem deleitando leitores com romances repletos de suspense, ação e pura audácia. Agora, ele faz isso novamente, em um dos mais loucos e estimulantes thrillers de época dos últimos anos. O governo norte-americano contrata a renomada Agência de Detetives Van Dorn e seu agente igualmente renomado, Isaac Bell, para capturar um lendário ladrão de bancos conhecido como Assaltante Açougueiro.Pontos Positivos: O livro é mediano, mas tem seus pontos positivos, a escrita é bem leve e fluída, eu mesmo li 150 páginas em um dia tranquilamente, e as descrições são boas e bem visuais. O autor aparentemente tem profundo conhecimento em tecnologias do século 19 e soube aplicá-lo bem na narrativa.
Este assassinara homens, mulheres e crianças, sem deixar nenhuma pista nem testemunhas. O detetive Bell lidera a busca e finalmente descobre a verdadeira identidade do Assaltante Açougueiro. E nesse momento inicia-se a verdadeira caçada.
Com um enredo intrincado, dois vilões extraordinários e a assinatura de Cussler em reviravoltas surpreendentes, A Caçada é o trabalho de um mestre no auge de seu talento.
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Outro ponto interessante é que antes mesmo da metade do livro já o vilão já é descoberto, fugindo então daquela fórmula padrão onde o assassino é sempre descoberto no final. E é aí que vai começar A Caçada após o segundo terço do livro e a estória vai começar a se tornar interessante até o clímax, e por fim levando a um final típico e absurdamente previsível.
Há alguns plot twists que não são incríveis mas também não decepcionam.
Pontos Negativos: Talvez seja este o ponto que mais me irritou: o protagonista. Já expressei aqui meu ódio por protagonistas perfeitos e o Oliver Cussler quis a todo custo criar o protagonista perfeito. Isaac Bell é aquele agente que nunca deixou um caso desvendado, seu currículo é perfeito, sua inteligência é muito acima da média, sua família é rica - ele trabalha por hobbie - e ainda por cima é bonito e conquista as todas as mulheres que quer. Não há palavras para expressar como odeio o Isaac Bell. Chego até mesmo a dar-lhe o posto de segundo pior personagem de todos que já li. O vilão, entretanto, é bem interessante. A todo momento torci por ele ainda que com uma dor na consciência, pois ele é um psicopata assassino.
Conclusão:É um livro OK. Péssimo protagonista, bom enredo, escrita leve, extremamente previsível, e segue aquela linha do romance policial pouco elaborado e nada inovador. Foi uma leitura que valeu a pena, apesar de tudo; e sem dúvidas lerei mais livros do Oliver Cussler, porém sem expectativa alguma.
Por Henrique Marques